Compositor: Joaquín Sabina / Antonio García de Diego / Pancho Varona
Quando ela acordou
Não lembrava nada da noite anterior
Muitas cervejas
Disse, ao ver minha cabeça
Ao lado da sua, no travesseiro
E a beijei outra vez
Mas já não era ontem
E sim amanhã
Um insolente Sol
Como um ladrão, entrou
Pela janela
O dia que chegou
Tinha olheiras de cor malva
E lama nos saltos
Nus, mas estranhos
Nos viu
Quebrado, a traição da noite
A dura luz do amanhecer
Era a hora de fugir
E se foi, sem dizer
Me ligue um dia
Da varanda, a vi
Perder-se na agitação
Da Gran Via
E a vida seguiu
Como seguem as coisas que não têm muito sentido
Uma vez me contou
Um amigo em comum, que a viu
Onde mora o esquecimento
Onde mora o esquecimento
Onde mora o esquecimento
A pupila guardou
Um semáforo vermelho
Uma mochila, um Peugeot
E aqueles olhos míopes
O sangue fervendo por minhas veias
E uma nuvem de areia
Dentro do coração
E essa sequência de amor
Sem apetite
Os beijos que perdi
Por não saber dizer
Preciso de você
E a vida seguiu
Como seguem as coisas que não têm muito sentido
Uma vez me contou
Um amigo em comum que a viu
Onde mora o esquecimento
Onde mora o esquecimento
Onde mora o esquecimento
Onde mora o esquecimento