Compositor: Joaquín Sabina / Álvaro Urquijo
Na avenida dos sonhos destruídos
Vive uma dama de poncho vermelho
Cabelo de prata e pele morena
Mestiça ardente de língua livre
Gata valente de pele de tigre
Com voz de raio de Lua cheia
Pela avenida dos sonhos destruídos
Os terremotos passam sem se importar
E há uma tequila para cada dúvida
Quando Agustín se senta ao piano
Diego Rivera, com lápis na mão
Desenha Frida Kahlo nua
Ela escapou de uma prisão de amor
De um delírio de álcool
De mil noites em claro
Deixou o coração em Madrid
Quem poderia saber rir
Como Chavela chora
Pela avenida dos sonhos destruídos
Os devotos vão inconsoláveis
Pedindo beijos para Santo Antônio
Coloca a mão aqui, Macorina
Seus fiéis vão rezando pelos bares
Pomba Negra dos excessos
Pela avenida dos sonhos destruídos
Uma lágrima molha fotos antigas
E uma canção zomba do medo
As amarguras não são amargas
Quando cantadas por Chavela Vargas
E escritas por um tal de José Alfredo
Ela escapou de uma prisão de amor
De um delírio de álcool
De mil noites em claro
Deixou o coração em Madrid
Quem poderia saber rir
Como Chavela chora
As amarguras não são amargas
Quando cantadas por Chavela Vargas
E escritas por um tal José Alfredo
Ela escapou de uma prisão de amor
De um delírio de álcool
De mil noites em claro
Deixou o coração em Madrid
Quem poderia saber rir
Como Chavela chora
Pela avenida dos sonhos destruídos