Compositor: Luis Eduardo Aute
Degenerado e mulherengo
Com um certo ar de faquir
Anda arrastando seu esqueleto
Pelas entranhas de Madrid
Ainda que andaluz de fim-de-século
Universal, quero dizer
Tem um não-sei-que de rabino
Quando o olho de perfil
Amigo das causas perdidas
Desde aquele maio em Paris
Não tem mais filosofia
Ele vive no limite até a morte
Meio profeta, meio marginal
O lumpen é seu pedigree
Um vinho tinto e uma boa mulher
Lhe bastam para resistir
Meio de esquerda em suas ideias
Se escora em Bakunin
Diz abaixo às bandeiras
E avante a chuva de abril
O perdedor é seu universo
Ainda que pretenda ser feliz
E ainda tem quem diga que está são
Suponhamos que falo de Joaquín