Aves de Paso (tradução)

Original


Joaquín Sabina

Compositor: Antonio Garcia de Diego / Joaquín Sabina / Pancho Varona

Aquelas perigosas loiras falsas
Que, no relicário dos seus decotes
Perfumaram minha juventude

Ao milagre dos beijos roubados
Que no dicionário dos meus pecados
Guardaram sua pétala azul

À impúdica babá mais velha
Que no mapa do mundo da sua cintura
Mexeu com o menino que fui

À flor de lis das cabeleireiras
Que o trem da primavera me trouxe
E o trem do inverno levou de mim

Às flores de um dia
Que não duravam
Que não doíam
Que te beijavam
Que se perdiam

Damas da noite
Que, no banco de trás de um carro
Não perguntavam
Se você as amava

Aves passageiras
Como lenços, curam fracassos

À misteriosa viúva de luto
Que suou comigo por um minuto
Por três andares no elevador

À destemida fútil argentina
Que no coração, com tinta chineza
Me tatuou: Peor Para el Sol

Às namoradas promíscuas de ninguém
Que colecionavam cabelos ao vento
Zombador da noite de São João

À rainha dos bares do porto
Que uma noite depois de um show
Abriu para mim seu armazém de beijos com sal

Às flores de um dia
Que não duravam
Que não doíam
Que te beijavam
Que se perdiam

Damas da noite
Que, no banco de trás de um carro
Não perguntavam
Se você as amava

Aves passageiras
Como lenços, curam fracassos

A Justine, a Marilyn, a Jimena
A Mata Hari, a Magdalena
A Fátima e a Salomé

Aos olhos verdes como azeitonas
Que roubavam a luz da Lua de mel
De um quarto de hotel, doce hotel

Às flores de um dia
Que não duravam
Que não doíam
Que te beijavam
Que se perdiam

Damas da noite
Que, no banco de trás de um carro
Não perguntavam
Se você as amava

Aves passageiras
Como lenços, curam fracassos

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